Coronavírus e o impacto nos Robo-Advisor

Definitivamente o mercado não será igual após a experiência do Covid-19, principalmente porque estamos ante a iminência de tudo automatizado e digital, o Codiv-19 ajudou a acelerar esta quebra de paradigma. Quase todas as empresas constataram que seus funcionários podem trabalhar Home Office sem perder desempenho, e quase todos os consumidores souberam lidar com os serviços digitais; como um teste obrigatório universal para um mundo digitalizado em um curto prazo de quase 40 dias.

Os mercados em queda apresentam um teste para os Robo-Advisors, o novo participante do mercado desde a recessão de 2008. A Backend Benchmarking relata que a maioria dos portfólios gerenciados por um robo-advisor teve como desempenho mais entradas do que saídas, com aumento nas novas inscrições de contas de investimento.

Uma análise da Capco mostra três pontos relevantes sobre o impacto do Coronavírus nos robo-advisor:

1. O planejamento baseado em metas mostrará benefícios.

Choques econômicos como o Coronavírus destacam o poder do planejamento baseado em metas. Os investidores que seguem a filosofia de planejamento baseada em metas, por meio de robo-advisor, baseiam seus investimentos principalmente na capacidade de risco alinhada às suas metas. A força dessa abordagem é que as metas de curto prazo de maior prioridade incluirão alocação de ativos de menor risco, minimizando o impacto de choques econômicos de curto prazo.

2. Mudança de alocação de ativos de curto prazo e perspectiva de longo prazo.

Um recurso herdado dos robo-advisor é a seleção de portfólio com base no risco. A maioria dos robo-advisor oferece investimentos passivos com taxas baixas, embora os investidores possam ajustar as alocações como entenderem. Dada a atual desaceleração do mercado, alguns investidores estão adotando alocações de ativos menos arriscadas, como ETFs de títulos, para evitar riscos de queda. Essas são as expectativas do mercado, e esses mesmos investidores provavelmente também considerarão retornar às ações quando o mercado se recuperar para capitalizar os ganhos do mercado. Freqüentemente, há uma desconexão entre o investimento de longo prazo e as reações econômicas de curto prazo. Como outras crises econômicas, essa não é diferente. Historicamente, as carteiras de investidores disciplinados e experientes se beneficiaram com o tempo devido à sua abordagem de longo prazo.

3. A comunicação com os clientes é fundamental.

Do ponto de vista das empresas de wealth management, os consultores estão gastando tempo orientando os clientes que foram afetados pelos impactos do Coronavírus – tanto pessoal quanto economicamente. Para os robo-advisor, a comunicação será um pouco diferente das empresas consultoras tradicionais. Eles precisarão se apoiar nas ferramentas de colaboração digital à sua disposição por e-mail, push notification e notificações no aplicativo. Mesmo com um alto nível de interação digital, os clientes se sentem melhor servidos por consultores humanos quando as circunstâncias do mercado são incertas. Ferramentas integradas como o chat ou vídeo conferência para interagir com a uma equipe de consultores, ajudam aos robo-advisor a oferecer um nível de toque humano. Várias instituições com robo-advisor já oferecem transbordo a consultores humanos.

O impacto do Coronavírus impulsiona a crescente importância da automação, gerentes de patrimônio que ofereçam serviços mais automatizados e digitais, agradarão a todos os tipos de clientes e superarão os gerentes de patrimônio mais fracos que ainda não entenderam e se adaptaram às novas demandas. O alto potencial dos robo-advisor está criando oportunidades significativas para as instituições.

O escopo da automação das instituições pode se expandir para incluir várias tarefas operacionais, podendo trabalhar com plataformas de consultoria automatizadas, que vão desde tarefas básicas de gerenciamento de investimentos, back-office, execução, contabilidade, geração de demonstrativos, reequilíbrio, inclusive com sofisticadas regras de gestão de ativos com metodologias avançadas de gestão de carteiras como Priority Driven Investing (PDI)da RoboBanker.

Grant Easterbrook, pesquisador sênior da Corporate Insights concluiu que os consultores financeiros sofrerão as conseqüências se não melhorarem o jogo ao competir contra os robo-advisors.

Uma manchete do InvestmentNews resumiu a batalha: “Ataque dos Robo-Advisers: Homem versus Máquina. Para consultores financeiros, as linhas de batalha estão sendo traçadas agora”.

Alguns dos benefícios das plataformas de robo-advisor incluem:

•Baixos investimentos mínimos.

• Taxas mais baixas.

• Maior transparência de taxas.

• Melhor experiência do usuário on-line.

• Mais conveniência.

• Leva menos tempo.

• Melhores sites.

À medida que o mercado evolui, as empresas também terão a capacidade de escolher entre o desenvolvimento de serviços de consultoria automatizados internos ou plataformas White Label fornecidas por terceiros como a RoboBanker.

A Forrester Research e a Cerulli acompanharam o fluxo e refluxo de preferências de aconselhamento financeiro ao longo dos anos. Essas preferências geralmente se encaixam em três categorias:

1. Delegadores, que dizem essencialmente: “Faça o que você acha melhor com o meu dinheiro”.

2. Validadores, que gostam de participar da tomada de decisão.

3. Autodirigidos, que são basicamente “faça você mesmo” e gostam o desafio intelectual e a eficiência de custos da negociação e investir em suas próprias contas.

Quando Validadores e Delegadores são combinados, 72% do mercado de investidores já expressaram sua preferência por pelo menos alguma medida de consultoria financeira na elaboração de decisões de carteiras.

Neste instante o foco dos projetos digitais das instituições financeiras de Wealth Management tem que trabalhar em função ao FOMO (Fear of Missing Opportunity). As instituições precisam se preparar para a atual onda disruptiva”.

Fontes:

Capco

Digital Banking

Equity Institutional

Capgemini

Backend Benchmarking

Corporate Insigths

Investment News

*Elaboração RoboBanker Research

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